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Esse blog é destinado a promover o debate de temas culturais e sociais, além de divulgar as ações realizadas por jovens moradores da comunidade São Remo, no bairro do Butantã (SP).

quinta-feira, setembro 20, 2007


PROTESTO EM SÃO PAULO LEMBRA 20 ANOS DE ACIDENTE COM CÉSIO 137 EM GOIÁS




Folha Online (*)

Um protesto em São Paulo lembrou os 20 anos do acidente com o césio 137 em Goiânia (GO) nesta terça-feira. O ato, organizado pelo Greenpeace, aconteceu em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital. Cerca de 60 pessoas participaram, lembrando as vítimas do césio 137. O objetivo do protesto foi alertar para os riscos de atividades com energia nuclear. Protesto em SP lembra vítimas de acidente com césio 137 há 20 anos. O acidente ocorreu depois que uma cápsula do material radioativo, encontrada em um prédio abandonado na capital goiana, foi aberta em um ferro-velho. Parentes e vizinhos do dono do local entraram em contato com o produto. Segundo o Greenpeace, 60 pessoas podem ter morrido em decorrência da contaminação e milhares que foram afetadas ainda sobrevivem com seqüelas.

Algumas das vítimas tiveram o fornecimento de remédios cortados pelo governo de Goiás no ano passado, segundo a Associação de Vítimas do Césio-137. Os participantes do protesto vestiram preto e deitaram no chão em frente ao teatro. Um manifestante vestiu-se de morte.

DESCASO


Vítimas de césio 137 ficam sem receber remédios

Atingidos pelo acidente com o césio-137 em Goiânia em 1987 ficaram sem receber os medicamentos fornecidos pelo governo de Goiás. Pelo menos 12 pessoas morreram após a tragédia, que completa 20 anos em setembro. O acidente ocorreu depois que uma cápsula do material radioativo, encontrada em um prédio abandonado na capital goiana, foi aberta em um ferro-velho. Parentes e vizinhos do dono do local entraram em contato com o produto. Segundo a Associação de Vítimas do Césio-137, o fornecimento de remédios a 157 vítimas do acidente foi praticamente cortado durante a maior parte do ano passado pelo governo do Estado.

O presidente da entidade, Odesson Alves Ferreira, diz que o repasse de medicamentos aos atingidos aumentou nos últimos meses, mas continua irregular. Segundo ele, a maior parte dos atingidos recebe apenas parte dos medicamentos que precisam ou simplesmente não recebe. "A maioria [das vítimas] não tem condições de comprar os remédios e fica sem", diz. Os remédios mais usados são para tratamento de osteoporose, gastrite, alergias e hipertensão e podem custar até R$ 700, segundo a associação.

A Secretaria da Saúde do Estado, responsável pela entrega, confirma que houve problemas com o fornecimento de remédios às vítimas do césio-137, mas nega que o repasse tenha sido cortado. A assessoria da secretaria diz que o problema foi causado pela demora na finalização de uma licitação para contratar um fornecedor.
Segundo o governo goiano, o problema vai ser resolvido com um convênio, firmado na semana passada, com uma rede de farmácias, que passará a fornecer os medicamentos diretamente às vítimas. A secretaria gasta entre R$ 30 mil e R$ 50 mil por mês com os atingidos pelo acidente

(*)Matérias publicadas na agência Folha Online